Enfim, hoje eu li um caso de edema pulmonar de reexpansão. Infelizmente não tenho como colocar as imagens, o caso é do site Medscape.com, que já recomendei aqui. Então, quem quiser ler o texto na íntegra (recomendo), basta fazer o cadastro gratuito no www.medscape.com, o título é "A 75-Year-Old Man With Worsening Dyspnea Following Pneumothorax Treatment".
O que me chamou a atenção na verdade, é que nunca vi um caso destes na prática, apesar da alta frequência com que realizamos drenagens de tórax, por diversos motivos. Inclusive um precepetor meu de residência dizia que o edema de reexpansão não existe... não sei bem o que ele quis dizer, mas vamos falar sobre o caso.
Trata-se de um paciente com pneumotórax unilateral espontâneo e recorrente. O pneumotórax é volumoso e o paciente é cardiopata e fumante; após a drenagem, ele desenvolve um quadro compatível com edema pulmonar, tanto clínico quanto radiológico. É tratado com medidas para edema pulmonar, e os autores discutem que na literatura a algumas controvérsias quanto ao tratamento do edema de reexpansão, mas há evidências de que a ventilação com pressão positiva (CPAP) pode ser usada cm segurança nestes pacientes.
Os casos de maior risco são pacientes jovens, pneumotoraces de grande volume e aqueles de evolucão inicial lenta.
Acho que a grande lição deste caso é que sim, o edema pulmonar de reexpansão existe, apesar de ser raro, exige que o médico esteja preparado para lidar com esta complicação. As medidas são aquelas de suporte à ventilação, variando da aplicação de O2 por máscara à ventilação mecânica, quando indicado.
Não se diagnostica o que não se conhece.
Até!
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